My African House

Friday, July 21, 2006

10, 11, 12 e 13 de Julho

Segunda-feira regressámos ao nosso programa habitual, mais uma vez na companhia do D; fomos ao Chá de Caxinde depois de jantar, escutar a Banda Maravilha e tomar um copo. Infelizmente, estávamos todos mais para lá do que para cá e, apesar da vontade de mostrar coisas novas à Susana, antes das 11 da noite estávamos todos com vontade de ir dormir. O que fizemos.

A Susana não pára de nos surpreender pela forma fantástica como se está a habituar à vida Luandense e já nos fez prometer que a levamos a comer Moamba, Calulu e outros pratos locais.

O trabalho continua a correr mais lento que o que eu desejaria e isso tem-me deixado bastante stressado. Azar o do Luís e da Susana que me têm aturado mais do que eu gostaria. Ainda assim, acho que eles estão os dois a fazer um excelente trabalho.

Terça Feira 11

Saímos cansados e decidimos ir às compras para a casa. Entrámos com uma lista e perfeitamente convencidos de que precisávamos do essencial para uns pequenos-almoços e uma ou outra refeição, se a Susana nos quisesse dar o prazer de comprovar a sua fama de boa cozinheira ou se estivessem dispostos a arriscar os meus cozinhados (o Luís ficou de fora, pois parece que os seus dotes culinários se esgotam com aquecer leite no micro-ondas).

Na verdade, para desespero da Susana que tentou manter a coisa dentro do razoável, acabámos por sair do supermercado com um carrinho cheio de guloseimas, bebidas alcoólicas e outras coisas essenciais à sobrevivência.

Arrumadas as compras decidimos ir comer os internacionalmente conhecidos ‘pregos’ do Hotel Tivoli em Luanda. Merecem a fama, é o que posso dizer.

Quarta Feira 12

Hoje ao almoço levámos a Susana a comer ao Arcádia. Não só costuma ter pratos locais, como é um passeio maior que termina na marginal.

No regresso, o Luís presenteou-nos com a melhor demonstração de negociação de preços a que jamais assisti (não creio que a Susana tivesse visto melhor, também). Então tentem visualizar a cena:

Seguíamos no passeio junto ao Ministério dos Negócios Exteriores quando um rapaz nos aborda para vender mapas de Luanda. A princípio agradecemos e declinamos, mas uns passos à frente, sugiro ao Luís que talvez lhe venha a ser útil. Paramos, voltamos para trás e chamamos o vendedor:

- Guia de Luanda, quer comprar?
- Quanto é? – pergunta o Luís
- Mil Kuanza
- Mil? Isso é muito caro! Dou-te cinco mil!

Neste momento o vendedor fez a cara mais espantada que eu já tinha visto e eu e a Susana desatámos a rir de tal forma que o próprio vendedor acabou por rir.

- Não, quinhentos - corrige o Luís.

Mas era demasiado tarde. Não parámos de rir até ao jantar. Jantar esse que foi no Coconuts com o irmão da Susana e os seus colegas

Quinta Feira 13

Mais um extenuante dia de trabalho. Saímos um pouco mais cedo porque já não aguentávamos estar fechados e, à hora a que escrevo, estamos a arranjarmo-nos para ir jantar ao Cais de 4, na Ilha.

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