My African House

Monday, August 04, 2008

N. Srª da Muxima

O passeio deste fim-de-semana à Muxima marca, de certa forma, o regresso aos passeios depois de algum tempo de inactividade.

Combinei cedinho com o Décio e a Cátia e assim, logo às 8.00 estávamos a sair em direcção À Samba, onde fomos ter com o Nelson e a Helena. Experimentámos a pouco habitual ausência de trânsito na estrada até à Corimba e lá seguimos rumo a sul. Íamos todos convencidos que da estrada de Cano Ledo à N. Srª da Muxima eram uns 40 km, pelo que, quando ao entrar na estrada de terra batida nos deparámos com a placa a informar que estávamos a 120km da Muxima, sentimos todos necessidade de parar o carro na berma e comer qualquer coisa para ganhar coragem.




No entanto, a estrada custou bastante menos a fazer que aquilo que a princípio temíamos. Pelo menos a mim que dormi boa parte do caminho. Acordei no entanto a tempo de ver a pequena localidade a surgir ao fundo, nas margens do rio Kwanza.

Muxima é uma aldeia pequena, por qualquer padrão. É muitíssimo conhecida em Angola como destino religioso. Uma espécie de Fátima. Por isso mesmo, poucos expatriados sentem curiosidade de a visitar. No entanto, a única ligação da terra à religião, é uma igreja de tamanho médio, aparentando ser do séc. XVIII. Bem mais interessante é a paisagem e a fortaleza do sec XVI (I’m guessing here, ok; não me tomem por um guia de viagens) no cimo do monte que domina o povoado.






Na Muxima tivemos mais um daqueles momentos ‘Angola’. Era hora de almoço e naturalmente hesitámos entre as nossas sandes e um restaurante. Como descobrimos que o novo complexo turístico da Muxima tinha restaurante, a opinião unânime foi a de procurar comida no fresco de um sítio com ar condicionado. Assim foi. Perguntamos pelo restaurante à entrada do empreendimento e, depois de estacionar lá nos dirigimos para ele.

Entramos e somos surpreendidos pelo bom aspecto da coisa (ok… há que ter em conta q estamos a 250km de Luanda e no meio do mato; ‘bom aspecto’ refere-se às expectativas que tínhamos no momento). Entramos, perguntamos se podemos sentar e escolhemos mesa.

Como a senhora demorasse a vir ter connosco, o Nelson decidiu ir falar com ela. E foi nesse momento que descobrimos que… só serviam refeições com encomenda prévia. Mas e nem uma omeleta? – insistimos.
Que não, que a senhora estava cansada (estavam duas mesas ocupadas e eram 13h…).

Assim sendo, comprámos bebida e fomos aos carros buscar o farnel; ao menos aproveitava-se o ar condicionado.

Terminada a refeição decidimos voltar, mas por um caminho diferente. Este envolvia atravessar o kwanza numa barcaça (uma plataforma metálica com um motor de cada lado, para a qual sobem os carros) e seguir até Catete, apanhando aí a estrada – finalmente alcatroada – até Luanda, via Viana.


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