My African House

Wednesday, May 02, 2007

28 Abril a 1 Maio

Fim de Semana 28 e 29 de Abril

Ainda não eram 7:30h quando o avião tocou a pista do Aeroporto 4 de Fevereiro. Abri os olhos, estremunhado e sorri para a Susana, que passava pelo mesmo doloroso processo de acordar. Saímos e o calor húmido do início da manhã deu-nos a boas vindas. Adeus nuvens e vento frio de Lisboa, olá sol quente de Luanda.

Depois de uma, anormalmente rápida, passagem pela sala de desembarque, lá temos o Dodó à espera para nos deixar em casa. No caminho pergunto:

- Dodó, a Elsa e a Andreia deixaram-te a chave da casa, não foi?
- Sim, senhor.
- E tens a chave, não tens?
- Sim senhor (e mais umas palavras incompreensíveis)

Bem, eis senão quando, ao chegar ao portão ficamos todos a olhar uns para os outros. Eu e a Susana olhamos o Dodó à espera que ele pegue na chave e ele a olhar para nós à espera que um se decida a abrir o portão.

-Dodó, tens aí a chave, não é? – Pergunto.
- Não, sô Rui.
- Mas… há pouco disseste que a tinhas.
- Sim, mas está em minha casa.

Eu e a Susana trocamos olhares incrédulos e lá peço ao Dodó que, se não se importa, a vá buscar a casa, já que era ali que ela fazia falta.

E pronto, lá passamos os primeiros 45 minutos da nossa estada em Luanda, à porta de casa, com as malas no chão, à espera do regresso do Dodó e da chave.

Nada como um bom princípio, para não nos esquecermos de como as coisas mais simples podem trazer novas surpresas a cada momento.

Foi um fim-de-semana sem grande história. Fomos para a praia na Ilha do Cabo com o Alexandre, a Ana, o irmão da Susana e restantes colegas e procurámos ao máximo recuperar o tom bronzeado perdido nas três semanas de Lisboa.

Desta vez decidi fazer uma espécie de tour fotográfico e temos também andado pela cidade a fotografar tudo. Tipo turistas japoneses, mas sem ser turistas, sem ser japoneses e com uma câmara de marca Americana e fabricada na China.


Igreja da Sagrada Família

30 de Abril

O doloroso regresso ao trabalho. Pegar nas coisas que a Andreia e a Elsa cá deixaram – infelizmente, tive várias complicações com a obtenção do visto e a minha vinda acabou por se atrasar tanto que nem consegui estar com elas aqui – tentar recomeçar onde elas deixaram e planear as próximas semanas.

Curiosamente, este dia, véspera de feriado, um dia que se esperava calmo dado que muita gente fez ‘ponte’ e não veio trabalhar, acabou por ser o dia com mais trânsito de que me lembro em Luanda. Demorei cerca de uma hora para fazer pouco mais de 1 km. Ai que saudades do trânsito da Av Fontes Pereira de Melo!

1 de Maio

Hoje revi o Paulo César. O Paulo trabalhou comigo há 5 anos e desde essa altura tornou-se um globetrotter. Viajou sozinho, de mochila às costas, pela Ásia durante vários meses, trabalhou em sítios que não lembra ao diabo e, por fim, decidiu começar uma nova etapa aqui em Luanda.

Foi um bom reencontro! Luanda parece por vezes uma extensão da ‘tuga’ e encontro com frequência pessoas que num ou noutro momento se cruzaram na minha vida, mas mais de 6 000km a norte e a quem, com o tempo, perdi o rasto.


O Paulo

2 Comments:

At 9:48 PM, Blogger Unknown said...

Bons olhos te vejam ;)

Não entenderás jamais porquê, mas ler-te faz-me sentir muito perto dessa terra que muito anseio em conhecer ...

Um dia ...

Obrigada pela força lá do outro lado ;) ... um dia não são dias, mas há dias ... :(

Beijinho, welcome back!

 
At 8:28 AM, Blogger PCS said...

Obrigado pela alusão. Tb foi bom rever-te e recordar os bons tempos da Cap Gemini. Parece que foi ontem mas já passaram cinco anos... e, felizmente, muita coisa se passou nas nossas vidas!
Um abraço
Paulo César Santos

 

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