My African House

Thursday, September 20, 2007

Malanje - Dia 1

Sexta-feira saímos para jantar no D Elsa, o restaurante da Fortaleza; é habitual que o serviço demore, mas desta vez foi um pouco exagerado. Três horas – sim, leram bem – foi quanto demorou a comida a chegar. Assim, nem sequer fomos dançar e decidimos antes ir dormir.

Ficou combinado entre todos que nos encontraríamos, já prontos, às 5:30 da manhã, uma vez que o ponto de encontro era o Kinaxixe às 6:00. Apesar do sono, enfiei-me no banho às 5:15 e á hora combinada lá estava à porta. A Elisabete já lá estava, mas da Inês, nem sinal. Olho para a casa dela e reparo que as luzes estão todas apagadas.

- A Inês adormeceu! - Disse eu à Elisabete, enquanto desatava a bater na porta dela como se não houvesse amanhã. Uns segundos depois aparece a Inês, com um ar surpreendido de quem ainda nem percebeu onde está. À pressa, arrumamos as coisas da Inês enquanto ela se veste, sob ameaça de a vestirmos a ela se não o fizesse sozinha em 5 minutos.

Resultou!

Por fim, depois de se reunir toda a excursão, lá saímos às 6:20 para a estrada.



Seguimos o muito trânsito que saía de Luanda, mesmo àquela hora. Aparentemente todos os Luandinos (naturais ou emprestados) decidiram sair da cidade. Poucos km’s depois, chegamos finalmente à paisagem africana… e acabamos por fazer a primeira paragem em Catete.




Mais umas horas de viagem nestas paisagens deslumbrantes e o altímetro do jipe chega pela primeira vez aos 1000m; tínhamos chegado ao planalto central.



As horas de saltos nos buracos da estrada sucederam-se e permitem-nos apreciar não só a fantástica paisagem, mas tb a conhecida perícia da condução Angolana.




Finalmente chagámos a Ndalatando onde abastecemos os depósitos dos carros e os nossos estômagos



Retomamos a estrada rumo a Malanje, para penar mais umas horas nos inúmeros e inclementes buracos, que cheguei a pensar iriam desconjuntar o nosso jipe peça por peça. Felizmente não aconteceu.

Por fim, dez horas depois de ter começado a conduzir, entramos em Malanje. Uma das cidades mais fustigadas pela guerra, que sobreviveu algum tempo a um cerco da UNITA. As marcas da guerra são visíveis, mas ainda é mais o progresso que chega e a vontade de fazer a cidade renascer.

Vamos ao hotel onde recebemos a chave do nosso ‘quarto familiar’ o que significa que cinco caramelos que nunca se viram mais gordos – ou viram, mas não em pijama – vão ter que dormir juntos. Enfim, campismo em 4 paredes.

Aliás, esta coisa da não-planificação acabou por ser um dos elementos marcantes da viagem e que lhe deu o melhor sabor de aventura; simplesmente fomos decidindo o que fazer, onde ir e onde dormir, à medida que nos aproximávamos dos pontos que requeriam tomadas de decisão.




Ainda antes de dormir, fomos jantar com o resto do grupo que ficou em casa de conhecidos. Enquanto os esperávamos, vi uma árvore muito bonita e saquei da máquina fotográfica; acto contínuo, um grupo com pelo menos uma dezena de crianças rodeou-me e acabei por ficar um bom pedaço a fazer fotografias deles e a mostrar-lhas, para sua grande felicidade. Um momento inesquecível.


1 Comments:

At 2:07 PM, Blogger Unknown said...

... já uma pessoa não pode dormir descansada... ehehehehe...

Para via das dúvidas, na véspera da próxima aventura, vamos dançar, de modo a não correr o risco de adormecer novamente!! :) BOA? :D

 

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