My African House

Thursday, August 24, 2006

AGOSTO

Agosto representa a nossa ‘pausa anual’, mas isto não deve ser interpretado de forma demasiado literal. Eu, o Luís e a Susana regressámos e temos de facto estado de férias, mas o projecto continua. Enquanto aguardamos pelo regresso a Angola -que ocorrerá a 3 de Setembro – muitas coisas têm acontecido.

Por um lado, o projecto ganhou uma morena gira, a Marta, que tem estado sozinha (Ah, valente!!) em Luanda a assegurar-se que as coisas correm bem e vão para a frente e de caminho, vai-me mantendo completamente informado da evolução das coisas.

Por outro, o Luís gostou tanto de Angola que se despediu e arranjou emprego por lá. Perdemos o Luís no projecto, mas vamos continuar a tê-lo em Luanda, como amigo e vizinho.

Por fim, parece que sempre vamos ficar em Luanda até Outubro. Vamos ver.

Gostava ainda de tornar público que a minha casa passou oficialmente a ter um motivo comum na decoração: Angola, (estou a exagerar, descansem).

Tuesday, August 01, 2006

24 a 30 Julho

Entrámos na última semana e isso afectou-nos, claramente, a todos. Por um lado, no trabalho, o stress aumentou ainda mais com o preparar da apresentação dos trabalhos ao cliente e com a constatação de que os prazos não vão poder ser cumpridos, graças ao inacreditável atraso que o cliente causou na parte do projecto que era da sua responsabilidade.

A acrescer a este stress, começámos a sentir a melancolia e tristeza da despedida. Seguramente que todos se lembram de, em mais novos, no final das férias no Algarve ou onde fosse, os últimos dias serem cheios de uma tristeza imensa, causada pela sensação de que dias de inacreditável animação e felicidade e novos amigos iam ser deixados para trás. Essa é precisamente a sensação de que me lembro, que melhor descreve o nosso estado de espírito nestes últimos dias. De um lado o regresso a casa e à família, do outro, a despedida de momentos de vida saboreada na sua plenitude e de pessoas espectaculares.

Mas regressaremos em Setembro.

Fica assim claro que entre segunda e quinta-feira não aconteceu nada digno de registo, a não ser muito trabalho e (ainda mais) stress.

Ah, na verdade minto. Quarta e quinta feira, o Luís e a Susana decidiram juntar-se ao grupo que corre na Marginal e fazer uns kilómetros. Até aqui tudo bem. A ideia é boa e um pouco de exercício é altamente recomendável, mas isso não é o melhor da história.
O melhor, é que o Luís não quis dar parte de fraco e decidiu acompanhar o ritmo dos ‘profissionais’. O resultado é que nos dias seguintes parecia um idoso de 85 anos: não dava um passo sem gemer com dores.

Quinta feira 27 de Julho

Quinta feira marca o primeiro dia em que se sai, habitualmente, para a noite Latina no Palos e nesta quinta havia ainda mais motivos para uma noite em grande. A Susana e o Ricardo iam partir na manhã de sexta. Para ela o fim das primeiras três semanas desta experiência angolana e para o Ricardo, o adeus definitivo a Luanda, após mais de ano e meio por cá. As sensações estavam à flor da pele e com razão.

Infelizmente, quer eu quer o Luís apenas os acompanhámos no jantar na Portugália, já que a manhã de sexta era a da grande apresentação.

Sexta 28

Quando nos levantámos já a Susana tinha ido para o aeroporto. O Amaral contou-nos impressionada que a princesa Susana lhe tinha dito que chegou a casa às cinco e às 6.30 ele deixou-a no aeroporto.

Quanto a nós, estávamos às sete da manhã no escritório, a ultimar os preparativos da reunião. A dita acabou por correr lindamente e quando terminámos, já perto da hora de almoço, estávamos com o alívio de ‘dever cumprido’.

Combinámos almoço na D. Carla com a Ana, o António (o Maior da Aldeia, by any standards) e o resto do pessoal. Foi bom variar do nosso habitual ‘Que Bom?’ e deu-nos o ânimo necessário para enfrentar as reuniões chatas da tarde.

Arrumar tudo, despedir das pessoas do cliente e passar o trabalho para assegurar que na nossa ausência o projecto não pára, acabou por fazer com que voltássemos a sair tarde do cliente. Mas sem maka.

Ligámos ao António e à Ana e marcamos encontro no Veneza. Do Veneza fomos para o Elinga (bem, todos não, já que a Ângela não tinha recuperado o suficiente da noite anterior).

Not surprisingly, do Elinga fomos para o Palos e dançámos sem parar até às 4:30h, ou, se preferirem, até nos empurrarem para a rua para fechar a porta.

Sábado 29

Acordámos já em cima da hora de almoço. Bem, na verdade, eu acordei perto da hora do almoço, já que o Luís não conseguiu dormir até mais que as 7h da manhã. Arranjámo-nos e fomos para a ilha almoçar, onde nos juntámos a eles.

Depois de um (muito) prolongado almoço, fomos para o Presidente jogar cartas e snooker, no que foi uma tarde muitíssimo bem passada. Aproveitámos ainda para planear o jantar com o Tiago.

Às 21.30 começámos a chegar ao restaurante A Fortaleza, (aka D. Elsa). Segundo o Tiago, o serviço era bastante lento pelo que, a sua sugestão, inventámos um jogo que nos manteve animados (e acordados) até à chegada do jantar.

Por fim, jantados, decidimos repetir a técnica de sobrelotação do jipe e ir para a noite. Como o jipe desta vez era um Freelander, calhou-me ser a bagagem e fui até ao Palos dentro da bagageira (aproveito para recomendar a experiência aquém tem problemas em adormecer, porque aquilo é confortável e os balanços servem lindamente de embalo).

A noite foi mais uma vez até sermos corridos, desta vez às cinco, mas teve animação adicional. Eu conto.

A Fátima Lopes (sim a estilista) e a Caras-Lindas estavam na disco com mais umas modelos e uns fotógrafos e tinham um espaço reservado onde andavam a fazer filmagens. O M. com uma imensa descontracção, subiu lá para cima, entrou e meteu conversa com toda a gente, de forma que a certa altura, nos apresentou a todos à Fátima Lopes como se fosse velho amigo dela, e até meteu alguns locais a dançar com ela, para grande embaraço dos ditos. Garanto-vos, não me ria tanto há muito tempo.

Saímos do Palos e decidimos que era demasiado cedo para ir para a cama, pelo que fomos comer caldo-verde ao Veleiro, na ilha. Com tudo isto, já era bem de dia quando finalmente encontrei a minha cama.

Domingo 30

O último dia. Acordei antes do meio dia (dormi umas 5 horas, não foi mau) e aproveitei para fazer a mala. O Luís acordou pouco depois e fez o mesmo. Assim, perto das 16h estávamos a chegar ao Caribe para almoçar. O último beijo de despedida ao pessoal, últimas caminhadas na areia da ilha e o adeus, até 3 de Setembro.