My African House

Thursday, March 22, 2007

20 a 22 de Março

Terça-feira o PP estava cheio de vontade de ir comer lagosta e por isso decidimos ir até ao fim da ilha, ao Coconuts. Ao longo do caminho, reparámos que estava a trovejar, mas sem sinais de chuva.

No entanto, quando nos sentámos, começou a correr um vento quente e bastante húmido e ficou claro que ia chover.

O que não pensámos foi que fosse uma chuvada, perdão, dilúvio tropical daquela dimensão. Para os que nunca tinham assistido foi quase assustador, mas mesmo para os outros foi um dilúvio de proporções bíblicas. Em poucos minutos os toldos do Coconuts escorriam água como se se tivesse aberto sobre eles, um ramal da companhia das águas.

Esperámos, esperámos…. Esperámos mais ainda até que ficou claro que teríamos de sair do Coconuts sob aquela chuva. O resultado não é difícil de prever. Nos cerca de 10 segundos que durou a corrida até ao carro, ficámos todos ensopadinhos. Bem melhor que um concurso de miss T-Shirt molhada… mas também com gajos 

Como não parasse de chover, à cautela deixei tudo em cima de mesas e cadeiras, já que as nossas casas são conhecidas por uma certa apetência para as inundações. Não foi necessário, afinal.

Quarta-feira

Hoje a Elsa não quis ir jantar. Ficou a fazer as malas, já que irá de madrugada para Cabinda. Acho que está quase tão stressada como antes de ir ao Huambo, mas, uma vez mais, tenho a certeza de que vai gostar e nos trará mais fotos giras.

Eu também não fui jantar com a Andreia, já que fui ao jantar de despedida da Catarina. Por isso, a Andreia acabou a jantar com o PP, a Joana e o PR mais o André, que chegaram hoje.

Quinta-feira

Hoje é a última noite do PP. Provavelmente ele vai querer dançar no Palos. Mas a grande notícia do dia é: VOU VOLTAR A CONDUZIR HOJE!!!

Por isso, se desaparecer nos próximos dias, já sabem as recomendações.

Tuesday, March 20, 2007

15 a 19 Março

Depois do regresso (entusiasmado) da Elsa, chegou finalmente o fim-de-semana. Assim, dado que continuamos sem poder conduzir, decidimos que o destino teria de ser mais perto que Cabo Ledo, que teria sido a nossa escolha.

Escolhemos o Mussulo e fomos passar o sábado ao Barssulo. Um sítio fantástico de que já falei há uns meses atrás e do qual colocarei mais umas fotos esta semana.

Depois da habitual espera no embarcadouro, lá apanhamos o barco. A Andreia faria a sua primeira vez no Mussulo e a Elsa, apenas a segunda. A curta viagem serviu apenas para sentirmos o quanto o sol aqui queima. No entanto, eu decidi que queria antes dar um mergulho e só depois colocar protector. Sucede que, quando me preparava para sair, as duas filhotas do dono do bar (umas meninas lindas da idade da minha filha) chamaram-me - elas têm boa memória e já brincámos mais vezes - e ficámos a brincar durante hora e meia, até eu me dar conta que estava a ficar com a pele do rosto assim a dar para o…. frita.

Como calculam, estou ainda com um escaldão na cara como não me lembro de ter há muito tempo.

Chagada a noite decidimos voltar à cidade e depois de levar toda a gente a experimentar a cozinha chinesa no Chez Wou, decidimos ir dançar. A Andreia e a Elsa estavam cansadas e foram dormir, mas os restantes ficámos até às 4:00 a divertir-nos no Éden.

Com tudo isto, só perto das 14:00 de domingo nos reunimos na praia e ainda assim, com ar de sono.

Segunda-feira trouxe novidades. Se para mim, boa, para a Elsa um pouco stressantes. Eu explico, a Elsa terá de partir para Cabinda esta quinta feira e ficará por lá até sábado. Quanto a mim, arranjei finalmente agenda para uma deslocação e irei ao Kuando Kubango no início de Maio. Mal posso esperar!

Thursday, March 15, 2007

As fotos

E finalmente, a Elsa chegou do Huambo e do Bié, trazendo na mala o trabalho feito, um monte de fotos e o sorriso de quem descobriu o interior deste país fantástico.

Creio que as fotos falam por si.

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14 de Março

Esta viagem e este cliente estão, surpreendentemente, a fazer-me lembrar do meu primeiro projecto em Angola, há já 11 anos, era eu um recém-licenciado fresquinho.

Na altura, o cliente em que estava era num edifício de habitação convertido, não existia elevador, as casas de banho não tinham água nem papel e como a luz faltava o tempo todo, as ups passavam o dia a fazer um irritante beep-beep. Bem, mas isso foi há muito tempo, Angola não é a mesma. Certo! Mas neste cliente, não há uma das coisas que disse que não seja aplicável.

Particularmente agastante é a questão das casas de banho sem água, sabonete, toalha ou papel. Fechem os olhos e imaginem…. Bonito, não é? E perfumado também.

Mas não são estas pequenas coisas que nos deixam preocupados. A Andreia anda animadíssima a tratar dos processos e a Elsa chega do Huambo amanhã, aparentemente contentíssima, e ainda teve tempo de estar no Bié e avançar também o trabalho lá. Que inveja com todos estes passeios. Não conheço ainda nenhuma das duas cidades, mas amanhã conto colocar aqui fotos delas.

Ainda antes de finalizar. Ontem jantámos no Caribe e pouco depois de nos sentarmos a empregada sorri para a Andreia, com um ar de familiaridade evidente, e pergunta como foi o passeio à África do Sul.

A Andreia disfarçou, que era engano, que a estava a confundir com outra pessoa, mas eu sou da opinião de que a Andreia tem mais km’s de África do que o que nos quer dizer…

Tuesday, March 13, 2007

Ponto da Situação

Bem, então as coisas correm do seguinte modo:

Finalmente o projecto com a Andreia está a andar, o que a tem deixado bastante feliz ; eu já estava a stressar de a ver arreliada por ter pouco trabalho.
Por outro lado, no projecto com a Elsa as coisas continuam a correr lindamente. A Elsa está esta semana no Huambo, para onde foi quase obrigada. Estava cheia de receio, sobre as condições do hotel, a quantidade dos mosquitos, o facto de ter tido muita guerra, o nome, a distância, ser longe do mar, não ter autocarros… sei lá. (eu estou a exagerar, Elsa, sei que não era nada assim)

Pois… eu a morrer de inveja por não ter disponibilidade para ir e ela quase contrariada. Mas afinal está a gostar e promete que nos traz fotografias, que partilharei aqui convosco.

A Joana que está no projecto com o PP, está a adorar esta experiência Angolana e andamos já todos entretidos com os planos para o próximo final de semana. Infelizmente, aqui voltamos a deparar-nos com a questão das cartas de condução.

É verdade, não somos só nós a amaldiçoar a alminha responsável por nos estragar os planos de um fim-de-semana no Kissama a ver a vida selvagem.Também o Dodó que lamenta isto de nós não podermos conduzir (embora ele se queixe mais pelos horários que o obrigamos a fazer, ao não podermos pegar no carro).

Esclarecimento

Tenho recebido algumas centenas de comentários sobre o título do post anterior, sugerindo que entre Setembro 2006 e Março 2007 são 6 e não 4 meses.

A essas pessoas gostaria de deixar 2 comentários:
  1. Claramente n estão ao corrente de que o tempo em Angola passa mais devagar, verdade?
  2. Querem deixar de ser picuinhas?
  3. O almoço hoje é no D. Carla, ali ao lado do Teatro Avenida.

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Monday, March 12, 2007

Quatro Meses!

É verdade, passaram 4 meses desde a última entrada neste blog. Mas se não escrevi, foi mais por excesso de acontecimentos do que por falta deles.

O projecto anterior acabou, finalmente e temos um novo, com novas caras: a Elsa e a Andreia, que se estreia em Angola

Por outro lado, a nossa ‘família’ Angolana tem aumentado e temos mais colegas cá, o que sempre proporciona jantares mais animados.

Mas, creio eu, o que nos motiva mesmo – a nós que cá estamos e a vocês que me lêem - são as intermináveis e inverosímeis histórias por que passamos.

Pois bem, chegados ontem ao quente e húmido verão Angolano, fomos confrontados ao jantar com uma novidade preocupante:

Eu conto:

Não sei se sabiam, mas nesta terra, as políticas de emigração relativamente a cidadãos portugueses são decididas por Portugal. É verdade, chama-se RECIPROCIDADE!

Se o SEF em Portugal recambia 1 angolano para cá, o equivalente angolano (por acaso tb chamado SEF) manda na semana seguinte, dois tugas de volta ao rectângulo.... e assim por diante.

Ora... sexta-feira passada a polícia portuguesa prendeu o Mantorras por guiar com carta angolana. Adivinharam então o que está a acontecer aqui?

Bem, hoje de manhã foram presos 17 portugueses, um por conduzir com carta tuga e 16 com carta internacional (obtida no ACP em Lisboa, com valor em todo o mundo... menos nesta terra).

Bem... este vosso escriba tem (tinha?) o hábito de conduzir aqui. Se não aparecer em breve, escrevam ao MNE e digam q desapareci em Luanda. Ah! E mandem vaselina, que deve dar-me jeito aqui na prisão.

Bem, não pensem que ignorei o risco. Conduzi ontem mas hoje já ‘obriguei’ o Dodó (o nosso novo motorista) a horas extra.